O ano tá se arrastando para começar aqui nas redondezas do Ensaiando Palavras e isso tá me deixando um tantinho angustiada. Tudo bem, eu não fui ingênua de pensar que, assim que batesse a virada de ano, como num passe de mágica, toda a minha disposição, inspiração e empolgação chegariam correndo, junto com a luz brilhante do sol-de-verão-de-janeiro-de-férias.
Se fosse assim tão fácil…
Mas, menina, acorda! É Brasil, terceiro ano de pandemia, último ano (com fé na vida, nas deusas, no universo e no voto da maioria) desse governo negacionista do senhor JMB (isso é o máximo que eu consigo escrever sobre esse homem). Então, voltemos ao tópico principal deste post: o que será do Ensaiando Palavras de agora em diante?
Tem uma modinha na internet em que a galera repete exaustivamente que “calada vence”. Dizem que a expressão surgiu de alguém em um reality show e acabou viralizando. Mas, voltando aqui para não perdermos a concentração: não quero mais guardar segredo sobre os novos projetos, porque enquanto eu não falo pra ninguém, é como se eles não estivessem nem perto de acontecer, entende? Eu quero dar cadência ao meu texto, espalhar a palavra, ser lida, vista, ouvida. Quem não quer ter sua cadeirinha em algum lugar especial do mundo, não é mesmo? Sigo esbarrando em tanta gente incrível, que realiza projetos incríveis e mesmo assim continuo me reduzindo a um medo desnorteante e irracional, que só me paralisa e impede que tudo o que vem sendo formulado na minha cabeça, seja entregue às pessoas.
Depois de passar semanas me preparando e organizando cada detalhe e sempre achando que tudo ainda pode melhorar para ser lançado ao mundo, eu me forcei a passar por entre as brechas, movimentei meus medos e inseguranças, escrevi, escrevi, e escrevo todos os dias, qualquer coisa que me mantenha em movimento, em criação, em profundo estado de suspensão do mundo externo e de encontro com cada pedaço de ideia e história, minha ou do meu mundo inventado. A inspiração é uma mecânica da insistência e ela não vem sozinha tirar você para dançar, se você não estiver pronto e aquecido para começar a mexer todas as suas estruturas físicas, emocionais e de repertórios.
Eu nunca sei se eu tenho mesmo o que falar, até que eu começo, e palavras jorram como se eu estivesse tomando um banho de cachoeira, porque a dor de querer escrever existe. Ela esvazia, confunde, mas basta escrever para aliviar. Escrever é meu pequeno mapa do tempo, Belchior me ajudou a qualificar os sentimentos. E é nesse espaço, nesse pedaço de texto que me sinto à vontade e pronta para compartilhar com você alguns dos principais novos passos do Ensaiando Palavras.
Ai, tô ansiosa, coração palpitando… me ajuda a fazer tudo isso dar certo?
Vem aí: a newsletter, o podcast, o clube de leitura, um novo site, para além do blog, a loja e, para abrir tudo: a nova marca do Ensaiando Palavras. Sim! Estamos nos transformando em uma marca para poder distribuir as várias formas de nos comunicar com você que me acompanha nos últimos tempos e com cada vez mais pessoas no mundo. Eu tentei não transformar esse post em algo institucional, plastificado e pragmático demais, porque quero continuar seguindo o fluxo, a forma orgânica da vida, contando histórias e escavando sentimentos, porque é isso que o Ensaiando Palavras propõe: ser um escavador de sentimentos.
Espero que você fique aqui comigo, que acompanhe cada trecho desses caminhos e me ajude a levar as palavras para todos os espaços possíveis.
Conto com você!
Beijo,
Nat.